RSS

Arquivo da Categoria: Artigo

RECORDAR LUMUMBA É COMBATER OS INIMIGOS DE ÁFRICA

RECORDAR LUMUMBA É COMBATER OS INIMIGOS DE ÁFRICA

No dia 17 de janeiro de 1961 os governos imperialistas do Ocidente, apoiados pelos seus lacaios, executaram um dos maiores líderes  do   continente africano, o  Patrice Emery Lumumba. Lumumba (1925-1961) foi o primeiro Primeiro-ministro da República Democrática do Congo, após conduzir o seu  país à independência enquanto líder do Movimento Nacional Congolês.  Como é sabido, o Congo esteve sob o jugo da violência colonial belga desde que os imperialistas europeus  fizeram a divisão do continente africano,  de acordo com os seus interesses,  na famosa   Conferência de Berlim  (1884-85). Escusado será dizer que nenhum africano foi convidado para um banquete onde o Rei Leopold II da Bélgica (1835 -1909) recebeu  “o seu pedaço de bolo africano”: o Congo, um território oitenta vezes maior do que o seu “reinado belga”. Vendeu o seu peixe de “razões humanitárias” com promessas de construção de escolas, e sobretudo “libertar” os/as congoleses dos traficantes Árabes de negros escravizados. Havia uma grande cobiça pelo Congo por parte de inúmeros outros países europeus, por ser um território que detém uma estranha anomalia natural: ser muitíssimo rico em recursos. O congo possui  uma vasta gama de minérios, incluindo a borracha, cobalto, estanho, zinco, diamantes, minério de ferro, prata, cádmio,   európio, nióbio ou  columbite, tântalo. Alguns desses minérios são de grande valor estratégico. “O Urânio, por exemplo, tem sido usado para o fabrico de armas nucleares ao passo que minérios raros como o nióbio e tântalo são fundamentais para o espaço aeronáutico do século vinte um. Segundo os especialistas, a África possui cerca de 15% das reservas mundiais de nióbio e 80% dos depósitos de tântalo. O Congo por si só possui 60% de nióbio e 80% de tântalo das reservas africanas. Todos esses metais, junto com outros recursos valiosos como o gás metano (…) num país que possui ainda grandes quantidades de ouro, diamantes, café, chá, madeira” (…)[1]. Com o apoio dos Estados Unidos e Inglaterra, Leopold conseguiu transformar o Congo em  sua colónia pessoal porque, “possuía o Congo tal como John Rockfeller detinha a Standard Oil” ( Nzongola-Ntalaja, 2002, p.20. E “no início de 1900 todas as sociedades africanas que compõem a atual  República Democrática do Congo perderam a sua independência como resultado da invasão e ocupação europeias”[2], visto que  as pessoas eram torturadas e forçadas a assinar acordos que concedessem o direito as terras e todos os recursos. Para Leopold o Congo era uma empresa e os africanos bestas de carga, o que significa que todo o tipo de método era aplicado para que cumprissem o desígnio de acumulação de lucros. Embora não haja consenso entre historiadores, estima-se que cerca de 10 a 15 milhões de pessoas foram mortas, através de uma combinação mortífera de fome, doenças, assassinatos, raptos, violações, tortura e trabalho forçado, pelo Leopold e seus aliados. Importa ainda destacar que o trabalho forçado foi imposto para responder às grandes demandas do mercado de borracha, com a invenção do pneu em 1988 e a consequente produção em massa de bicicletas e outros componentes para veículos. Tal como todos os lacaios  dos imperialistas, Leopold encheu bem o seu bolso e os cofres da Bélgica, enquanto amontoava uma montanha de cadáveres no Congo. No leque de sadismo destacamos que as pessoas eram caçadas por diversão e desporto[3] e, ainda, que o próprio Rei Leopold tinha  um zoo-humano pessoal onde havia 267 pessoas africanas, expostas como peças no quintal do seu palácio de Tervuren[4]. O lucro obtido no Congo também permitiu a Leopold construir grandes obras públicas, vários edifícios em Bruxelas, inclusive o famoso Arco do Triunfo ou Arcadas do Cinquentenário. Após múltiplas denúncias internacionais dos crimes do rei Leopold, o parlamento belga assume o controlo do Congo em 1908, procurando reformar o colonialismo sem nunca responder às demandas das populações pela abolição do regime colonial. E assim, o Estado Belga assume o comando do território, classificado na época como um “verdadeiro escândalo geológico” por ser tão rico em recursos naturais, mas sem trazer nenhuma melhoria nas condições de vida dos congoleses[5]. O roubo, a exploração e pilhagem deram enormes lucros ao estado belga que o possibilitou a financiar  vários projetos e evitar que o país fosse literalmente à bancarrota,  durante a Segunda Grande Guerra dos brancos.  Roberto Godding, então ministro belga dos assuntos coloniais falava emotivamente que “Durante a guerra, o Congo foi capaz de financiar todas as despesas do governo belga em Londres, incluindo as dos serviços diplomáticos bem como os gastos das forcas armadas na Europa e África (…). Aliás, graças aos recursos do Congo, o Governo belga em Londres não teve  de fazer o empréstimo sequer de  um xelim ou um dólar e a reserva belga  de ouro pôde   ficar intacta[6]”. Nesse contexto de guerra, os congoleses contribuíram significativamente para o combate dos Aliados e para a derrota do regime nazi-fascista. Neste ponto deve-se ter presente a corrida decisiva que ocorreu na altura pelos minérios para suster as campanhas de guerra e produção de tecnologias militar, o trabalho forçado foi amplamente alargado no Congo “Belga”, sem esquecer os minérios, pois as bombas atómicas lançadas pelos Estados Unidas sobre Hiroxima e Nagasáqui foram construídas com o urânio extraído da mina de Shinkolobowe, pertencente à União Mineira do Alto de Katanga,  estabelecida pelo decreto do rei Leopold em 1906[7]. O paradoxo é ver que os governos liberais, possuidores de colónias e campos de trabalho forçado, segregação racial e linchamento de pessoas negras, no caso dos Estados Unidos, estavam a batalhar contra a Alemanha-nazi que estava a aplicar à “Europa processos colonialistas a que até aqui só os árabes da Argélia, os coolies da Índia e os negros da África estavam subordinados”[8] usando as palavras de Aimé Césaire.  Mesmo após a derrota do regime nazi pela União Soviética, nada mudou para os povos que estavam sujeitos à violência colonial e perseguição racial.  Nesses longos anos de uma suposta “missão filantrópica” dos colonialistas belgas, segundo Amílcar Cabral, apenas seis congoleses obtiveram diploma universitário, à custa de grandes sacrifícios das suas famílias. Apenas uns milhares sabem ler e escrever” (…) e trinta mil belgas ganhavam mais do que um milhão de africanos”[9].  Foi contra esse regime total de violência  e predação  que Patrice Lumumba e os seus camaradas  ousaram  combater.  No seu discurso de 30 de junho de 1960, dia do nascimento da República Democrática do Congo, dizia a todos e todas presentes, que no regime colonial belga os congoleses “eram exilados na nossa própria terra natal, a vida era muito pior que a própria morte”[10]. Lumumba acrescenta  que  durante “oitenta anos de domínio colonial e nossas feridas são muito frescas e dolorosas demais para serem esquecidas. Experimentamos trabalho forçado em troca de salários que não nos permitiam satisfazer nossa fome, vestir-nos, ter moradias decentes ou educar nossos filhos como entes queridos”[11].  Importa sublinhar, por exemplo, que  a plantação  do óleo de palma no Congo, durante o regime colonial belga, foi  financiada pela empresa britânica Lever Brothers, que  mais tarde construiu novas plantações do óleo de palma, em várias províncias congolesas, cujo lucro pavimentou o caminho para a fundação da Unilever[12]: um dos maiores conglomerados  de comida processada do mundo.  É contra essa petrificação da vida, do cérebro, da cultura e da humanidade que Lumumba lutou e dias,  antes de ser morto, escreveu a sua esposa Pauline Opango Lumumba que “ crueldade, insultos e tortura jamais poderão forçar-me a implorar por misericórdia, porque eu prefiro morrer de cabeça erguida, com uma fé indestrutível e uma profunda crença no destino de nosso país, do que viver submisso e renunciar aos  princípios que são sagrados para mim” [13]. Lumumba defendia a união dos povos africanos, alertando-os para as manobras dos colonialistas da criação de  divisões étnicas, tribais, linguísticas para manter o continente africano sobre o seu jugo predatório, mantendo-se firme: “Minha fé se manterá inquebrantável. Eu sei e eu sinto no fundo de mim mesmo que cedo ou tarde meu país se libertará de todos os seus inimigos internos e externos, que ele se levantará, como um só (…) para dizer não ao vergonhoso e degradante colonialismo e reassumir sua dignidade sob um sol puro[14]. Tal como Titina Silá, Josina Machel, Winnie Mandela,  Kwame Nkrumah, Sekou Touré,  Frantz Fanon, Amílcar Cabral, Lumumba, Félix-Roland Moumié e muitas outras e outros, Patrice Lumumba recusou ser um fantoche do (neo) colonialismo, o que levou com  que os inimigos de África o liquidassem. A sua morte foi planeada e realizada por uma equipa de execução belga em conluio com os Estados Unidos e as Nações Unidas. Lumumba e os seus camaradas foram despedaçados e os seus corpos dissolvidos em ácido, sobrando apenas os dentes.  Fizeram questão de esconder a sua morte por semanas porque sabiam perfeitamente  do impacto que a morte de Lumumba  teria nas lutas no continente africano e no mundo.  A notícia da sua morte teve reações em várias partes do mundo: protestos estudantis  eclodiram em várias cidades africanas como Casablanca ( Marrocos), Cartum ( Sudão), Acra ( Gana); nas cidades dos Estados Unidos, como Washington, Chicago, e sobretudo  Nova Iorque, onde fica a sede das Nações Unidas, os protestos foram muito fortes.  Na Europa, alguns protestos atravessaram Paris, Bruxelas, Bonn, Dublin, Belgrado, Roma, entre outras cidades . Também ocorreram protestos estudantis em Colombo, Karachi, Paquistão, Sri Lanka e Malásia. Na China o primeiro primeiro-ministro da República Popular da China  Zhou Enlai,  liderou  uma manifestação  que contou com a participação de cerca de 100 mil pessoas na capital chinesa. Vários líderes anticoloniais manifestaram a sua indignação e contextualizaram as razões da sua morte e dos seus camaradas. Entre eles encontrámos  as palavras do agrónomo, político, teórico, estratega e revolucionário Amílcar Cabral que conduziu a luta da libertação de Guiné Bissau e Cabo Verde. Segundo ele, “as forças do TRAIDOR Mobutu, armadas e pagas pelas Nações Unidas, prenderam, maltrataram, espancaram até morrer, o grande patriota africano PATRÍCIO LUMUMBA, que só queria desembaraçar o Congo e a África dos Colonialistas e dos Imperialista”[15].  O  traidor Mobutu foi um militar que governou o Congo,  como um bom ditador, corrupto, tirano e fantoche dos Estados Unidos após o assassinato de Lumumba. Mobutu conduziu o Congo para grandes conflitos   internos,    que envolveram dezenas de grupos armados, que arrastou outros países africanos para destabilização, causando milhões de mortos.  Malcolm X que assim como Cabral chamava Mobutu de traidor falou que “ Patrice Lumumba “é o maior homem negro que já caminhou no continente africano. Ele não temeu ninguém. Assustou tanto aquelas pessoas que tiveram de o matar. Não conseguiam comprá-lo, não conseguiam assustá-lo [16]”. Frantz Fanon, o psiquiatra, filósofo e revolucionário, escreveu que depois da viagem de Lumumba aos Estados Unidos ficou saliente que não era possível comprá-lo e que isso colocaria   em perigo os interesses dos imperialistas. Certo, naquele contexto “um Congo unificado com um anticolonialista militante à sua cabeça constituía um perigo real”[17] para todas as potênciais coloniais, inclusive Portugal, que fez de tudo “para sabotar a independência do Congo[18]”. O Congo,  enquanto gatilho da revolução africana  sob liderança de Patrice Lumumba, anticolonialista até os ossos como Lumumba, seria um golpe fatal para os interesses dos imperialistas. Algo que os próprios imperialistas perceberam. Segundo Fanon, “Os inimigos da África deram-se conta com um certo terror de que se Lumumba triunfasse em pleno coração do dispositivo colonialista (…) a transformar-se em comunidade renovada, uma Angola “província portuguesa” e finalmente a África Oriental, acabava-se a África “deles”, acerca da qual tinham planos muito precisos[19]”. Isto era mais do que evidente aos olhos dos imperialistas, principalmente dos  Estados Unidos, que no contexto da guerra fria com a União Soviética, desconfiava que Lumumba fosse um comunista, por isso tomaram logo medidas para neutralizá-lo. A história das lutas de libertação do Sul Global ensina que o imperialismo não hesita em premir o gatilho quando os seus interesses estão em risco.   Os criminosos internacionais da Amerikkka ( CIA) começaram por elaborar vários cenários de assassinato, inclusive envenenamento através de pasta de dente. Nos arquivos desclassificados  dos Estados Unidos, Lawrence Devlin, um agente da CIA no Congo, escreveu para os seus superiores e colegas que “Patrice Lumumba nasceu para ser um revolucionário”[20] e  sugeriu que fossem tomadas  medidas urgentes se os Estados Unidos não quisessem ter uma outra Cuba. O Ministro Belga dos Assuntos Africanos, por sua vez, estava ansioso e assustado,  enviou um telex que continha a informação de que  “a manutenção dos interesses belgas no Congo e Katanga passasse  pela eliminação definitiva de Patrice Lumumba[21]. É por essas e outras razões que o autor Ludo De Witte afirmou que o  assassinato de Patrice Lumumba é o “mais importante assassinato do século 20”.

Mais de meio século após o seu assassinato, torna-se cada vez mais necessário recordar  Lumumba, tanto pela sua lucidez  como pela sua coragem e determinação inquebrantáveis em  prosseguir com a luta  pela libertação total do continente africano do jugo imperialista,  (neo) colonialista e dos seus apoiantes. Tal como ele disse, pouco antes de ser morto,   “ o dia virá quando a história falará. Mas não será a história que será ensinada em Bruxelas, Paris, Washington ou nas Nações Unidas. Será a história que será ensinada nos países que terão se libertado dos colonialistas e de seus fantoches”.  Esse dia chegará, não por causa de algum milagre ecuménico ou obra de espírito santo, mas através de uma luta revolucionária, popular organizada cujo objetivo é  pôr os recursos do nosso vasto continente inteiramente ao dispor dos povos africanos e da humanidade.  Recordar Lumumba é lutar contra os inimigos de África e de todos os povos oprimidos do globo.  

REFERÊNCIAS

Cabral, Amílcar ( 1961)   Morreu Lumumba para que a África viva! -Disponível em: http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04616.076.024&fbclid=IwAR2f-iSv_oERfdd53E14htvIAS9AfiK1UTVSFCuEVLSAPkizOd5dUaojC78%20-%20!4

Fanon, Frantz (1980). Em Defesa da Revolução Africana

 Nzongola-Ntalaja, G. (2002). The Congo from Leopold to Kabila: A people’s history. London: Zed Books

Lumumba, Patrice ( 1960)  Discurso da Declaração de  Independência da República Democrática do Congo. Disponível em:     https://www.novacultura.info/post/2020/06/30/lumumba-discurso-da-proclamacao-da-independencia-do-congo

Lumumba, Patrice, (1961). Letter from Thysville Prison to Mrs. Lumumba. Disponível em:  https://www.marxists.org/subject/africa/lumumba/1961/xx/letter.htm

Rannard,  Georgina:  Webster,  Eve, 2020. Leopold II: Belgium ‘wakes up’ to its bloody colonial past. Disponível em https://www.bbc.com/news/world-europe-53017188

RIAO-RDC & GRAIN, 2015. Agro-colonialism in the Congo: European and US development finance bankrolls a new round of agro-colonialism in the DRC. Disponível em:   https://www.grain.org/article/entries/5220-agro-colonialism-in-the-congo-european-and-us-development-finance-bankrolls-a-new-round-of-agro-colonialism-in-the-drc

Soudan, François, 2021. DRC: How the CIA got Patrice Lumumba. Disponível em: 

https://www.theafricareport.com/58653/drc-how-the-cia-got-under-patrice-lumumbas-skin/

X, Malcolm (1964) –  Speeches by Malcolm X – Disponível em:  http://www.hartford-hwp.com/archives/45a/459.html


[1] Nzongola-Ntalaja, 2002, p. (22 -28.   

[2] Idem  p. 13

[3] Nzongola-Ntalaja, 2002.  

[4]   Rannard,  Georgina:  Webster,  Eve, 2020.

[5] Nzongola-Ntalaja, 2002.

[6] Nzongola-Ntalaja, 2002 , p.29

[7] Nzongola-Ntalaja, 2002 , p.29-30

[8] Césaire, Aimé, 1978, p. 18.

[9] Cabral, Amílcar, 1961. 

[10] Lumumba, Patrice, 1960. 

[11]Ibid 

[12] RIAO-RDC & GRAIN, 2015  

[13] Lumumba, Patrice, 1961. 

[14] Idem 

[15] Cabral, Amílcar, 1961,  

[16] Malcolm X, 1964. 

[17] Fanon, Frantz, 1980, p.231)  

[18] Idem 

[19] Fanon, 1980, p.  231-32 

[20] Soudan, François, 2021.

[21] Idem

 

Apelo a mulheres e homens negros para serem entrevistadores na caraterização da comunidade negra e da expressão do racismo em Lisboa e Setúbal

Qual a taxa de desemprego dos negros e das negras em Portugal? Quantos somos? Quantos já foram vítimas de racismo? Qual o nosso nível médio de escolaridade? Onde moramos? Que profissões desempenhamos? Quantos já foram agredidos por forças policiais?

Estas e outras perguntas estão por responder devido à sistemática recusa do governo português em recolher dados sobre as questões raciais neste país. Como refere a Comissão Europeia do Contra o Racismo e a Intolerância “Vários relatórios internacionais notaram que as autoridades portuguesas se têm recusado a recolher qualquer informação sobre a discriminação racial” (ECRI, 2002, CoE 2006). Esta recusa permite ao governo português invisibilizar a nossa presença e perpetuar a intensidade dos nossos problemas relacionados com o racismo.

Uma das justificações para essa recusa é que esse tipo de dados irá reforçar o racismo. O racismo é todos os dias reforçado pelo discurso mediático e oficial, bem como pelas ações das instituições e das pessoas. Na verdade, estes dados já são recolhidos de forma disfarçada por várias instituições, como escolas, polícias e programas de intervenção social que os utilizam de forma racista.

Para a Plataforma Gueto a perceção desses números virá evidenciar o racismo em Portugal, revelar a sua expressão, dando verdadeiro sentido à sua utilização: na luta contra o racismo.

É com este objetivo que apelamos à colaboração de negras e negros para aplicarem o questionário de caraterização da comunidade negra e expressão do racismo em Lisboa e Setúbal.

Pretendemos entrevistar 500 negras e 500 negros, num total de 1 000 entrevistados  e pedimos a tua ajuda nessa inquirição em resposta ao emailguetoplataforma@gmail.com, até ao dia 30 de novembro, manifestando a tua disponibilidade para realizares entrevistas.

 
Deixe o seu comentário

Publicado por em Novembro 29, 2014 em Artigo

 

Etiquetas: